Durante toda a minha vida, morei em uma casa com um quintal gigante, repleto de plantas e árvores frutíferas como amoreiras, mangueiras, laranjeiras, entre outras. Uma das brincadeiras das quais aconselho a ninguém a fazer, mas que não me arrependo de ter feito, foi rolar muitas vezes pela grama, só parando quando percebi a urticária que resultou disso.
Mas a infância passa e assim que mudei para um apartamento em São Paulo, as plantas tinham que fazer parte da minha vida, pelo menos até eu ter 3 pequenos bebês com a mesma idade, pois foi quando eu tive que desfazer de cada uma delas. Replantei todas em uma praça perto de casa.
Há um ano, aluguei uma casinha encantadora para trabalhar, que chamei de Casinha Azul Céu. Foi lá que percebi o quanto sentia falta de cuidar de uma plantinha. Montei um jardim do zero e redescobri o prazer de cuidar das plantas, reaprendendo a respirar mais devagar e a apreciar o passar do tempo.
Porque elas nos ensinam a ter paciência, a aproveitar cada segundo do tempo, a apreciar o som das folhas, dos pássaros, da chuva e do vento, e a compreender que pausas breves não vão atrasar o trabalho ou a vida de forma alguma.
Por isso sou grata a elas e a todos os seres vivos que com elas vieram conviver comigo, como as aranhas, pássaros, abelhas, besouros, formigas, lesmas, lagartixa, minhocas, que, aliás, os meus pequenos adoram e devagarinho aprendem a conviver com os insetos que ainda os deixam amedrontados.
Enfim, as plantas me dão paz! Gratidão!
